Blindness

De um momento para o outro deixas de ver. E ficas deitada à espera da salvação.

Anunciaram e garantiram que o mundo ia-se acabar

E hoje o dragão entra em acção. São duas cabeças, mas estas amam-se.

Contado ninguém acredita. Pois não.

O poder da destruição é incrível. E é incrivelmente fácil destruir algo. Basta nada fazer.
Estranho? Sim, mas verídico.

Onde é que se pode arranjar estômago e estofo para aguentar isto? Quem, no seu estado mais zen, poderá tolerar tamanha irrespnsabilidade sem mandar um berrinho aqui e ali? Quando é que jorra dos céus o líquido da sobriedade por forma a tocar os cérebros mais paraditos que têm travado o caminho?

Até onde vai este mapa inusitado, de canadas de terra batida esburacadas e cheias de poços de lama onde quem passa escorrega e se encharca, quais areias movediças do deserto?

Preocupante

Sinto-me bem assim. Afastada, longe, sem a preocupação. Sinto-me bem sem stress de ter de correr para casa para poder lá chegar a horas.
Confortável. Não ter de contar os segundos. Nem os tempos.
Não ter de esforçar o ouvido à procura do desafino ao lado.

Sinto pena pelo afastamento. Finalmente percebo outros que noutra altura o fizeram e que tanto puxei para nós. Em vão, umas vezes. Com sucesso, noutras. Mas hoje estão definitivamente perdidos.
Não voltam.

E em mais um post, lamento.
Lamento ver o que vejo, talvez lamente não conseguir concordar e respeitar tão estapafúrdias decisões. Tempos de mudança, sim. Mas algo em mim não quer aceitar isto. E não me recrimino pois não acredito neles. Nesses tempos que começam. Mal.

Para não me chatear com pessoas afasto-me da instituição.
Boa escolha.